sexta-feira, 17 de junho de 2011

Não está sendo fácil...

Lá vou eu começar mais um post com "Veja bem", mas ó:

Veja bem... Não sou a melhor das profissionais, e nem quero ser, nem a mais dedicada das funcionárias, mas uma coisa que eu faço e ninguém pode dizer o contrário é vestir a camisa da instituição na qual trabalho.

Entrei aqui estagiária, dobrei folder, carimbei, fiz ofício, saí ao me formar, voltei três meses depois e ganhei uma sala só minha, uma atribuição só minha e uma grande responsabilidade de, sozinha, divulgar nossas ações interna e externamente.

Sempre tentei fazer o que era possível pra, mais uma vez, sozinha, desempenhar grande parte das ações que me eram propostas e as que eu também propunha. Tem material que é fácil desenrolar, outros nem tanto. Tem processo que fica meses engavetado, alguns saem, outros não, mas sempre argumentei e procurei ser clara em tudo o que fazia e o que deixava de fazer.

Sempre procurei opinar e colaborar até no que não era minha responsabilidade, sempre com o objetivo de ver a instituição fortalecida e produzindo resultados, que são, em suma, a matéria-prima do meu trabalho. Eu preciso de resultados para divulgar informações de interesse da mídia, porque eu iria querer que isso aqui não fosse pra frente?

Entretanto, esse tipo de ação, essa maneira de se importar com o que acontece ao meu redor aqui já não faz mais sentido, já não dá resultado, já não é mais reconhecido. Bem que eu deveria aprender a fechar os olhos, fazer o meu e rezar pra que isso aqui não imploda e eu fique sem emprego, mas às vezes penso que é a única alternativa que me resta.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Eu tava ali no twitter dizendo que é meio foda constatar que nada do que vc faz é, ou não parece ser, suficiente pra ninguém, nem pra vc mesmo. Eu ando numas...

Só estou vendo defeito em mim, nos outros, no que faço e no que deixo de fazer. Vejo o dos outros dando bem certo, até quando devia dar errado, e fico pensando porque não pode ser o mesmo comigo. Você vai chamar de inveja, não é? Pode chamar. Você não é imune, nunca foi e só não admite porque fica feio.

A realidade é que isso deprime e dá vontade de chorar porque na verdade eu não quero o que é de ninguém, só quero ter oportunidade igual e isso é que é bem difícil porque uma parte depende de mim e a outra não. No que depende de mim é bem loser admitir que força de vontade nunca foi meu forte. Obtinação e perseverança são atitudes que eu tenho raríssimas vezes. Na verdade nem sei se tenho. Eu desisto fácil e isso é outro fato a ser levado em conta. No que não está ao meu alcance tipo aquele acessório, aquele bem, aquela posse... A frustração toma conta e é inevitável não murchar, não se sentir derrotada.

Pode ser que você não se sinta assim. Que bom pra você e parabéns por ser mais um alvo da minha admiração (ou inveja, pra quem prefere assim). Repito que não quero tirar nada de ninguém, só quero sentir o gosto também, ter o mesmo prazer de possuir de fazer, de ser. Porque chega uma hora que a insegurança atinge um limite que começa a preocupar, onde dá vontade de não sair de dentro de casa, onde há a sensação de que uma coisa bem ruim vai acontecer a qualquer minuto e de que todos rejeitam você.

E é assim que eu me sinto agora. Não agradar ninguém, não ser alvo da admiração de ninguém, não ser ninguém. É aquela sensação de falar sozinho, de ser sozinho, de ter certeza de que se vai acabar sozinho. De que niguém vai lembrar de você. Aquele sentimento de "nunca serei".

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Montanha russa do caralho

Veja bem, não vou mais pedir desculpa por passar milhões de anos sem postar no blog. Ele é meu espaço pra cuspir o que eu quero e é isso que eu vou fazer agora.
Aqui no trabalho ocorreram um monte de pequenas mudnças por conta do governo. Gente que não vale nada subindo, gente que vale menos ainda se queimando e gente boa amuada, com medo de fazer o que deve.
Nessa enrolação toda eu fiquei no mesmo lugar, mas hoje tô vendo como é beeem difícil não ter a chefia pulso firme e clara que eu tinha.
O pepino de agora é que não querem assinar minha ordem de pagamento, por motivos bem ridículos, posso dizer assim. Abriu a exceção pra quem foi bocudo, pra quem teve quem intercedesse mas não abriram pra mim que tenho conta pra caralho pra pagar, incluindo aí empregada e escola (que pagando até dia 01 tem 60 reais de desconto).
Mas o pior de tudo é que eu tô aqui sentada ecsrevendo isso e não fui lá tirar satisfação, sabe como é?
Também tô amuada. Tô assustada por não ter nenhuma estabilidade e medo de, por conta disso, ir bater de frente com quem tem mais de 20 anos de serviço público.
Me fudi.