quinta-feira, 24 de abril de 2008

E meu número é 5!

Esse lance de horóscopo... Eu sempre estive no meio termo, entre ser cética e em me deparar com aquelas letrinhas que traduzem exatamente teus sentimentos e atitudes do dia.
Li por aí que a Bárbara Abramo, do UOL, é a "tampa de crush" da astrologia em geral. Daí que leio os horóscopos dos jornais por diversão e se quero uma coisa mais embasada vou direto na Bárbara.
Hoje fui no site e o horóscopo do dia colou certinho, certinho.
Resolvi então analisar minha postura como mãe através dos olhos da astrologia.
E deu isso:

Qualidades: interessada, culta, versátil, ousada, adaptável, adora viajar.
Defeitos: descuidada, nervosa, inconstante, irritável, proteladora.
Você é uma mãe divertida, curiosa, dinâmica e flexível. Gosta de se movimentar e sempre faz o mesmo com seus filhos. Quando os leva para passeios novos, procura participar também. Torna-se impaciente com pessoas acomodadas. Adora desafios e incentiva seus filhos a vivê-los também. Como você gosta e precisa da liberdade, sabe como ensinar-lhes o bom uso da mesma. Sempre que pode, proporciona a eles chances de crescer através de viagens, aventuras e novas experiências.
Dificilmente se assusta quando seus filhos se machucam, pois isso para você é uma coisa comum. Sabe que as crianças precisam aprender a assumir as conseqüências de seus atos. Adora ouvir as novidades deles e gosta de lhes contar as suas.


O que tá em itálico é pq não combina comigo, meisssshhhmo. Odeio ver sangue e machucado, principalmente se for nelas. Quando Carol caiu da rede eu quase morri junto. Mas é interessante como o resto cola certinho.

Daí que eu continuei, néam, e achei isso:

Seu número é 2
Aprenda a lidar com as emoções. Não é necessário reprimi-las, mas é muito importante que você não se deixe levar por elas. Todos temos as nossas inseguranças, mas deixarmos que elas controlem nossas vidas pode levar tudo por água abaixo. Deixe que as emoções se manifestem controladamente, aos poucos. Assim elas se tornam mais intensas, sem que assumam o controle dos acontecimentos.


Ops, quem me conhece levanta a mão e assina embaixo que isso sou eu to-di-nha!

Parei, não vou ler mais nada. Senão não vai ter assunto pra minha terapia de bar!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Em busca da Endorfina perdida...

A sala é praticamente um aquário. Paredes de vidro do chão ao teto e onde não há vidro, há um imenso e onipresente espelho. Inevitável não ficar intimidada com aquele aquário...

Quem me conhece sabe da minha inadequação a ambientes como academias de ginástica. Não gosto de suar e me sinto muito Muito MUITO desconfortável naqueles aparelhos que mais parecem feitos para te torturar e mostrar a você e a todos os marombados e marombadas do planeta que você tá gorda, fora de forma e é, de fato, bastante fracote.

Já entrei no aquário sabendo de tudo isso, mas entrei de cabeça erguida, como quem sabe que está vencida, mas acha que, quem sabe, dessa vez, num vai ser diferente.

A primeira parte é sempre a mais constrangedora: alongamento. Se já desconfiava, pude ter certeza: eu to toda entravada, da cabeça aos pés. Estica, contorce, encolhe, agüenta fiiiiiiiirme... Todos os movimentos muito limitados.

Segunda parte: aparelhos. Senta, levanta, empurra, puxa, olha a postura, joelhos sempre flexionados, aumenta a força, mantém o ritmo, duas séries de 20 para começar, mais uma de 15. E quando você pensa que não dá para piorar mais, eis que o momento auge do constrangimento surge: uma máquina na qual você tem que se deitar, empinar o popozão, engatar o queixo numa trava lá e flexionar várias vezes as pernas. Detalhe para a fila de saradões esperando eu terminar o exercício... E como nada é tão ruim que não possa piorar... eu fico engatada na máquina. “Alguém me ajuda aqui, por favor, acho que fiquei presa”. Legal! Além de ser o peixe fora d´água daquele aquário, ainda sou a piada da semana! Uhulllll! Ponto para minha auto-estima!

Última parte: esteira. O que eu mais detesto na esteira não é o fato de que você anda, anda, corre, corre e continua no mesmo lugar. O que é foda é controlar os pensamentos enquanto você executa a tarefa. No início, como toda boa “on diet”, você só pensa nos benefícios que aquele exercício vai te fazer: “hum... vou perder uns dez quilos... hum... vou voltar a usar 38... hum... vou comprar um biquíni de lacinho... hum...amanhã só almoço salada... hum... vou tomar dez litros de água por dia... hum...” e por aí vai. O problema é que, depois dos 15 minutos iniciais, seu inconsciente começa a mostrar pra você quem realmente você é e no meio daqueles pensamentos nutricionalmente corretos, tem sempre uma imagem obscena de uma barra impiedosa de chocolate... mais pensamentos verde e pá... outra imagem calhorda: churrasco. É, os próximos 15 minutos vão ser do terror. Buscando influências externas, me concentro no ambiente ao meu redor. À minha esquerda, um playboy fala com a namorada pelo celular enquanto corre, à direita uma magrela se desfaz em suor. Música! Mas a trilha sonora do aquário é terrível e não ajuda em nada meu estado de desespero. Hip Hop e muitas gatchénhas saradas rebolando na TV de Plasma que fica de frente para as esteiras. Massa! Humilhação e perda de auto-estima em alta definição. Se já desconfiava de alguma coisa, ver Beyoncé descendo até o chão me deu a confirmação: sua carol, sua bem muito, ou então você vai continuar embarangando.

A esteira apita.

Acabou-se meu primeiro dia no aquário.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Bebê a bordo

Não sou mãe. E, durante muito tempo, não quis ser. Achava que ter filhos era uma coisa que ultrapassava a minha habilidade. Ao contrário da minha querida, não me imaginava grávida quando era pequena. Pra falar a verdade, sempre gostei de brincar mais com barbies do que com bebês. Um indicativo, segundo minha cunhada, que não desenvolvi um instinto maternal muito aguçado na infância. Tive poucas bonecas na vida. O que explica a minha total falta de habilidade com recém-nascidos, o medo de quebrá-los, a angústia de vê-los chorar, a impaciência com a birra, entre outras coisas.
Quando meu primeiro sobrinho nasceu, Luiz Felipe, vi uma luzinha se acender. Uma luzinha que dizia: “Ei, talvez bebês não sejam tão ruins...” Quando minha primeira afilhada, Duda, nasceu... foi incrível. Me sentia responsável por ela, queria ensinar coisas para ela e, algumas vezes, queria ela para mim... Quando Bia, minha segunda afilhada, veio ao mundo foi massa! A luzinha se transformou num luminoso com letras garrafais: QUERO SER MÃE!

Uma digressão, se me permitem...
Lembro de quando Érika ficou grávida. “Fudeu”. Foi a primeira coisa que me ocorreu. Na minha cabecinha bobinha de menina de 18 anos, recém-ingressa numa faculdade de comunicação e cheia de pretensões feministas e libertadoras, ficar grávida era a pior opção. Era estranho olhar para Érika e não ver um certo ar de desespero. Preocupação, sim. Plenitude, bastante. Desespero, nunca. E foi assim que eu vi minha querida ir se afastando da turma. Primeiro foram algumas cadeiras, uma marcação cerrada de um certo cientista político escroto, um barrigão que não parava de crescer. “É o fim da faculdade para ela”, pensava eu, tão bobinha...
Reencontramos-nos, alguns bilhões de anos depois. Estávamos na mesma situação: as últimas cadeirinhas para concluir o curso. As duas se encontravam no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa, lutando pelo mesmo objetivo. Érika, mãe de duas xarás minhas (uma de nome, outra de data de nascimento). Eu, ainda negando essa coisa de maternidade.
Sei que ela fica puta com essa história de que ela é foda. Sei que ela odeia esse estereotipo de mãe adolescente que venceu o preconceito, se formou e está construindo uma carreira, a despeito de tudo e de todos.
De fato, as pessoas são bem mais do que os arquétipos que se constroem em torno delas.
Bom, tudo isso só para dizer que de alguma forma essa história mexe muito comigo. Meus pais me tiveram quando tinham acabado de entrar na faculdade. Minha mãe trancou e retomou um curso de educação física várias vezes para poder cuidar dos filhos. Meu pai não passou do terceiro período de um curso de engenharia de não sei o quê. Segundo eles, o resultado disso tudo não poderia ser melhor. Não são nem mais nem menos bem-sucedidos na vida (em todos os aspectos) por causa dos três filhos que tiveram antes dos 25 anos.

Voltando...
Mas, na minha cabeça, filhos só viriam depois de ter conquistado um bom emprego, do mestrado e de ter comprado uma casa própria, no mínimo. Ah, e depois de ter viajado bastante também. Mal sabia eu que esses projetos de vida, como o próprio nome sugere, levam uma vida inteira para se concretizarem. E o tempo de uma vida é tempo suficiente para vários projetos andarem em paralelo.

Sim, queridos dois leitores imaginários, quero ser mãe. E não vou esperar pelo “momento certo” como se ele fosse um ponto específico, o resultado de um check-list que garante que a empreitada vai ser bem-sucedida. Tem gente que até diz que não existe momento certo... Eu não vou tão longe. Tenho algumas convicções que me guiam. A mais importante dessas convicções é a de que eu tenho duas pendências que precisam ser resolvidas antes da chegada da figurinha, que por sinal, já tem nome e sobrenome.

Ser mãe é conceber no paraíso!


Algumas pessoas que me conhecem sabem: eu gosto muito de ser mãe.

Sempre sonhei com essa realidade de filhos e todos os outros adereços e situações que eles nos trazem. Quando pequena brincava de grávida e sonhava casar aos 15 anos, com um príncipe encantado e muito bebês para criar.

Daí que não foi aos 15, foi aos 18 e que não teve casamento, mas troca de confiança, respeito e cumplicidade, daí que não foi um casal de gêmeos e sim duas princesas, uma de cada vez.

E durante as gestações eu sofri muito, principalmente na primeira. Foi um tal de preconceito pra lá e pra cá que me impediu de curtir mais o período, ao contrário da segunda gravidez, onde eu já estava um pouco mais segura.

E hoje eu consigo enxergar um monte de delícia e dificuldade em todo o processo. Das fraldas caras, do cheirinho gostoso de bebê, do corpo que fica um bagaço, da amamentação que é uma sensação fantástica, da dureza de voltar à vida real quando o trabalho chama, de ouvir as primeiras palavrinhas, ...

Quando as crianças vão crescendo você também tem a oportunidade de ver o que acertou, errou, duvidou. Além da certeza de que nunca você vai saber realmente como se educam seres humanos.

Uma das lembranças lindas foi o dia que acordei e vi minha miúda dormindo no berço e comecei a chorar. Não conseguia mensurar todo aquele sentimento, aquela sensação de força e impotência que me tomava ao mesmo tempo. Quando você é mãe você aprende a ter medo das coisas ao mesmo tempo em que se sente mais forte pra tudo. É realmente desconcertante.

Cada fase é também um aprendizado pra você e pras crianças, visto que cada uma tem sua peculiaridade dotada de vantagens e desvantagens. Você torce pra ela prender a andar, a falar, adora vê-lo entrar na escolinha, fazer boas provas, ... Mas lá no fundo eu gostaria mesmo que elas estivesse de volta na minha barriga, com toda a proteção que só uma mãe pode dar.

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E pra manter o assunto....Quero outro, tá? Daqui uns cinco anos, no mááááximo.


segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pulo, te lovo!

Tá, eu tô toda atrasada. Eu vi depois que todo mundo já tinha visto, mas eu não poderia deixar de explicitar minha paixão, meu amor, minha devoção. Como diz a Ticcia, vem ni mim, Tito!!!!!!



Depois de assistir a 1º temporada, morrer pelo último episódio da dita cuja, ficar toda agoniada pela 2º e assistir ela todinha numa sentada, das 10h30 da manhã até às 7 da noite, eis que declaro aqui toda minha paixão pelo meu ídolo, meu master, meu plus, meu tudo: TITO PULO!!!!


E, como meu marido já declarou amor à Niobe, Cleópatra e todas as outras que deixaram os peitos e tudo o mais aparecer na série, eu justifico, aqui, meu eterno amor, ao cabra que se pudesse matava mil, numa vibe Jeremias total!


Pulo. manda meu beijo pro Voreno também!

Xaubjosmecatagato!!!!!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Psicótica, neurótica, toooooda errada!


Ontem eu estava eufórica, animadíssima, empolgada, ...
Fazer o que se gosta, ser reconhecida, ter pessoas escutando, debatendo com você é realmente fantástico.
Aí, pra quem me conhece, já viu, né? Eu falo muito, falo alto, gesticulo... João me disse que eu era hiperativa, um cometa.
"Não são os outros que são lentos, você é que é rápida demais!", ele disse.
Antes de dosar se isso é bom ou ruim, eu constato que sim, são momentos onde eu me sinto o máximo, mas reconheço que o que vem depois não me anima muito. Parece que essas situações sugam toda minha energia e me deixam absolutamente letárgica no outro dia.
Eu me empolgo com bons trabalhos, com desafios e desmorono quando volto pra realidade.
Hoje o dia foi assim: olhando o relógio, esperando dar a hora de passar na locadora, pegar LOST e ir pra casa.
P.S.: o auge da situação é dispensar agito e vocês sabem que eu não sou disso!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Endorfina, here I go!

Drauzio – Um dos grandes benefícios do exercício físico é a sensação de paz e tranqüilidade que a pessoa experimenta depois de praticá-lo. De onde vem essa sensação?

Turíbio Barros – O exercício físico libera, no cérebro, substâncias que proporcionam a sensação a que você se refere. São as endorfinas, neuromediadores ligados à gênese do bem-estar e do prazer. Por ser um potente liberador de endorfina, o exercício físico cria a boa dependência quando praticado regularmente e faz falta como faria qualquer outra substância associada ao prazer.Em outras palavras, a liberação de endorfina, somada à melhora da auto-estima proveniente da sensação de estar fazendo algo em benefício da própria saúde e bem-estar, provoca esse estado de plenitude que experimenta o praticante regular de atividade física.

Pois é...

Depois de muito relutar, eu me matriculei numa academia. Hoje começo a malhação, com muitas expectativas. Quero perder uns dez quilos. Sei que a meta é ambiciosa e alguns podem dizer que eu não preciso perder tanto. O fato é que eu preciso sim. Minhas roupas estão apertadíssimas, me sinto feia, me sinto fora de forma e tenho saudade da época em que eu tinha uns 15 kilos a menos (e olha que nem faz tanto tempo, só uns cino anos). Então, perder 10 kilos tá bom.
O que está em jogo não é única e exclusivamente a minha vontade de voltar à bela forma. Também estou em busca de endorfina. Isso mesmo: sentir prazer, suar, liberar toxinas e torcer para que, junto com essas toxicinas, também saiam esse monte de besteira que fica passando pela minha cabeça.

E vamos ver no que vai dar. Amanhã tem o primeiro capítulo da novela "Em busca da endorfina perdida". Aguardem!

Eu que fiz

terça-feira, 8 de abril de 2008

BURRA, assim bem grande, bem feia, é a palavra de ordem do dia de hoje.
Absolutamente BURRA.
Estupidamente BURRA.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

uhun, tô sabendo....


You are The Moon


Hope, expectation, Bright promises.


The Moon is a card of magic and mystery - when prominent you know that nothing is as it seems, particularly when it concerns relationships. All logic is thrown out the window.


The Moon is all about visions and illusions, madness, genius and poetry. This is a card that has to do with sleep, and so with both dreams and nightmares. It is a scary card in that it warns that there might be hidden enemies, tricks and falsehoods. But it should also be remembered that this is a card of great creativity, of powerful magic, primal feelings and intuition. You may be going through a time of emotional and mental trial; if you have any past mental problems, you must be vigilant in taking your medication but avoid drugs or alcohol, as abuse of either will cause them irreparable damage. This time however, can also result in great creativity, psychic powers, visions and insight. You can and should trust your intuition.


What Tarot Card are You?
Take the Test to Find Out.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

mantra

Mantra do dia: hoje é sexta, hoje é sexta, hoje é sexta, hoje é sexta, hoje é sexta, hoje é sexta, hoje é sexta, hoje é sexta, hoje é sexta, hoje é sexta, hoje é sexta, hoje é sexta, hoje é sexta (add infinitum)

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Quadro na parede

Para uma parte significativa dos amigos que eu tenho, a experiência de ter morado fora de casa é um divisor de águas.
Tem Pam, que foi para a Alemanha estudar um semestre de RI e vai se formar por lá mesmo;
Tem Vívian, que foi estudar biologia em Salamanca;
Tem Taty, que foi pros EUA atrás do sonho americano, se casou e tá lá;
Tem ....

A lista é grande e eu não sei se vale a pena colocar todo mundo aqui.

O que acontece é que todos são unânimes em concordar que o choque cultural, a necessidade de se virar, o contato com o mundo fazem você crescer de uma maneira rápida, algumas vezes dolorosa, mas inesquecível.
Sair do ninho sempre foi meu objetivo. Conhecer o mundo, ter mais asas e menos raízes... Era tudo o que que queria (em parte, ainda quero sim).

E foi o que aconteceu... nada de glamuroso assim como um intercâmbio na Europa ou uma temporada se virando nos EUA. Eu fui mesmo é para Campina Grande (PB). Uma cidade assim... esquisita. Fui ser funcionária pública em Campina Grande... nada de viagens de metrô para saltar de um país para outro, nada de aventuras excitantes, nada de culinária exótica, nada de fotos-cartão-postal no álbum do orkut.

Campina Grande fica a exatos 200 km do Recife. É uma cidade que beira os 500 mil habitantes, a segunda maior da Paraíba. Tem o São João, que dura um mês inteiro. Campina Grande, na maioria das vezes, é um tremendo saco. Nos raros fins de semana que passo aqui, a sensação de marasmo é tão sólida, que dava para dividir em pequenas porções e levar com você em todos os lugares. O cinema passa sempre filmes umas três semanas atrasados, não existe um circuito alternativo de artes, as atrações turísticas não são nada atrativas (com o perdão do trocadilho nojento) e os bares estão sempre tocando forró. Nada contra, mas tem hora que enche.
Talvez por isso, não consegui fazer amigos em Campina Grande (mesmo "morando" aqui há exatos 15 meses). Vivo sempre com um pé em Recife, com os amigos de Recife, com as coisas de Recife. Nem médico eu tenho aqui.
Não consegui me desligar do Recife. O que não deixa de ser uma grande ironia....

Logo eu, tão enfática e resolvida a cair no mundo. Tão certa que meu destino era por aí... Não consigo aceitar meros 200 km de distância. Fico me perguntando se, em vez de Campina, eu estivesse em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro. A possibilidade de ir e voltar seria bem menor, mas será que a sensação de inadequação seria tão grande? Ou será que, ao acusar o bucolismo de Campina Grande como causa da minha inadaptação, eu estaria apenas acobertando o meu insucesso? Insucesso em me afastar de casa, dos pais, dos irmãos, da cidade, das coisas que até então criaram a minha identidade. Insucesso em arriscar viver uma vida longe dessas coisas todas. Insucesso por não aguentar a pressão...

Não sei.... talvez, nem vá saber. Mas não deixo de me perguntar isso a todo instante. Ás vezes, até eu me surpreendo com o rumo que a vida tomou. Com essa guinada louca.

Funcionária pública aos 25 anos, uma longa e estável carreira pela frente.

Era isso que eu queria? Era isso que eu planejava? Era esse meu sonho?

NÃO (bem sonoro, bem alto, bem claro, pra todo mundo ouvir).

Mas é nisso que eu me transformei...
Só que não é isso o que eu sou...

E eu (nem) sei quem eu sou.

E não se espantem, meus queridos dois leitores imaginários, se em pouco tempo uma nova guinada acontecer na minha vida.

Porque Campina Grande é só um quadro na parede. E não dói nada...
É isso gentem.

Voltei. Pela enésima vez desde que esse blog foi criado, eu voltei.

Não dá para deixar o peso da responsabilidade só com a fófy que eu amo tanto. Não basta ser amiga, tem que participar...

Oooops.. I did it again!

Talvez, a principal dificuldade com a qual eu me deparo nesses anos de jovem vida adulta seja a necessidade impreativa de ter que lidar com dinheiro. O meu dinheiro, o dinheiro dele, que vira o dinheiro da gente.
PÉSSIMA!!!!!!
Eu sou péssima em lidar com dinheiro. Sempre (digo de novo: SEMPRE) gasto mais do que ganho. SEMPRE falta uma coisinha par pagar. SEMPRE coloco tudo no cartão de crédito. SEMPRE detono o limite do cheque especial e NUNCA, NUNCA aprendo.
Ontem foi um exemplo clássico disso. TPM desgraçada, trabalho enchendo os pacová e pilhas de contas a pagar. Salário recém-depositado na conta bancária. $$$$$$$$$$$$$$
Pago tudo, sobra alguma coisa e, em vez de comprar algumas guloseimas para passar a noite de quarta bem acompanhada e poupar o que havia milagrosamente sobrado (como mandam os especialistas, aliás), lá vou eu descontrolar geral nas lojas ícone: Americanas e Marisa.

(A importância dessa primeira em minha vida merece um post à parte, que será futuramente publicado neste ilustre espaço.)

Na Americanas, o básico da extravagância-descontroll: creminhos, cheirinhos e coisinhas de mulherzinha. (o valor das coisitas não revelo nem sob tortura). Na Marisa, sandália atoalhada azul (super confortáveis, eu recomendo), pijama fofo, calcinhas e uma necessáire cintilante-brilhante. O efeito em mim foi melhor do que a barra de 400 gramas de hersheys à qual eu me propus. Já na conta bancária.... tsc tsc tsc tsc
Chego em casa para um momento spa by night. Diliça!!!!
Esfoliante, creminho, sabonetes... é tão bom ser mulherzinhaaaaaaa
Lavei o cabelo, sequei, arrumei... fui dormir algo assim... uma princesa.
Acordei hoje, me arrumei (milagre: nunca me arrumo para ir trabalhar) e todo mundo disse que eu tava linda. dlim dlim: 10 pontos para a auto-estima de Carol!

Os efeitos positivos foram sentidos imediatamente. Falta a checagem geral com o ilutríssimo. Já os efeitos negativos... Só serão percebidos ao longo dos 30 intermináveis dias de abril, quando faltar grana pro cinema, praquele vinhozinho, pro barzinho, pra tanta coisa que ainda vai acontecer....

Acabou a grana. Mês, ainda tem....