quinta-feira, 24 de julho de 2008

Essa moça tá decidida a se supermodernizar...

Como toda estudante de comunicação que se preze, e como toda mulher pseudo-romântica que se preze, eu dava pro Chico Buarque. Tá ok, você dava, você aí não dava...mas eu dava.
E pensando nisso, eu que gosto, mas não sou fã histérica e não gasto meu dinheiro aos tubos, baixei a discografia dele completa no emule.
E daí que música vai e música vem, tô lá eu escutando funeral de um lavrador e a volta do malandro. E daí que eu lembro. E lembro de quando eu fazia teatro. Uma época boa que durou dos meus 11 até os 15 e que eu guardo com muito carinho nas minhas lembranças.
O grupo se chamava Vozes e foi criado por mim(!!) com outras três meninas, entre elas minha amiga Cinthia, com o apoio da professora Socorro Machado.
Na época eu estudava no Santa Maria Goretti, o colégio dos meus sonhos, que merece um outro post exclusivo. Pois bem, que o Goretti foi palco literal do início do Vozes, que, na época em que eu saí, já contabilizava três peças, 3 temporadas fixas realizadas, dois projetos engatilhados, além de inúmeras apresentações, incluinda uma para um público recorde, em um congresso de educação.
Hoje o Vozes continua com o nome de Alumiar - Cenas e Cirandas e tem um proposta diferenciada. Algumas pessoas daquela época ainda fazem parte dessa iniciativa e, pelo que eu li, estão fazendo um belo trabalho.

E o que eu penso desse monte de palavras soltas??? Eu penso que, por muito tempo, eu achei que tinha perdido o melhor da minha vida. Sair do Vozes foi, pra mim, uma dor, uma perda enorme, que não podia ser reparada. Hoje eu vejo que foi absolutamente importante ter saído de lá. Importante porque hoje eu posso ter lembranças lindas, da descoberta do amor à descoberta do talento e da luz própria. De poder ter usado toda a minha segurança em busca de uma melhora nas minhas personagens. Por ter tido amigos e por ter tido decepções, tudo no auge da adolescência, da formação das percepções.

E eu sou muito grata.

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